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Património


Igreja Matriz de S. Salvador de Ramalde

Datada do séc. XVIII, tem ao lado o velho cemitério da freguesia, hoje, com uma parte nova (cemitério novo), ambos propriedade da Freguesia e, envolvendo-a, um adro à moda de antanho. Foi recentemente remodelada e benzida pelo então bispo do Porto e atual cardeal patriarca D. Manuel Clemente (ali foi batizada sua mãe), numa obra levada a cabo sob a responsabilidade e direção do então pároco padre António Almiro Mendes.

Nova Igreja S. Salvador de Ramalde

Construída por vontade e fé do povo de Ramalde, sob o ministério pastoral do atrás referido padre Almiro (assim era conhecido, antes da sua transferência para Canidelo (Gaia), a nova Igreja de Ramalde foi dedicada a S. Salvador pelo então bispo D. Armindo Lopes Coelho e  inaugurada em 16 de Junho de 2002. É obra do arquiteto Vasco Morais Soares. Trata-se de uma edificação moderna em betão maciço, granito, tijolo e teto em madeira, apresenta um forte aproveitamento da iluminação natural, sendo apontada como referência em termos de estética e  acústica. O painel de azulejos no seu exterior é obra de mestre Rogério Ribeiro retratando a história do Homem.

Igreja de S. Paulo do Viso

Pode aqui admirar-se uma escultura de Cristo crucificado realizada sob a “tutela” de Mestre Júlio Rezende.

Igreja da Paróquia da Nossa Senhora da Boavista

A Igreja Nossa Senhora da Boavista, na zona residencial do Foco (ou Graham), é um projeto de construção em betão à vista e autoria do arquiteto Ricca Gonçalves, liderado pelo italiano de Bérgamo Giulio Carrara, ao tempo o pároco. Foi inaugurada a 31 de maio de 1981 pelo então bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes. Tem maravilhosos vitrais pintados por Mestre Júlio Rezende, esculturas e pinturas de outros mestres como Zulmiro Carvalho, Francisco Laranjo e Manuel Aguiar. É das mais bonitas e modernas igrejas da cidade do Porto, visitada por muitos portugueses e estrangeiros, esteticamente muito bem integrada no complexo habitacional e Parque Residencial do Foco, admiravelmente enquadrada com os outros edifícios ali existentes e do mesmo estilo (betão à vista). E não é de admirar, foi o arquiteto Ricca também o autor e projetista de todos este complexo habitacional (Foco ou Graham, como também é conhecido, por ter-se instalado aqui uma fábrica de ingleses entretanto demolida) um dos mais bem situados, aprazíveis e bonitos lugares para se viver da cidade do Porto.

Casa de Ramalde propriedade da família Silva Cerveira

Obra de Nicolau Nasoni, é também conhecida pela “Casa da Queimada”, por ter sido incendiada em 1809 pelas tropas francesas do Marechal Soult, general do Estado-Maior de Napoleão, um dos que chegaram a Portugal (os outros foram Junot, o primeiro e Massena, o último) e a quem está também ligado o desastre da ponte das barcas na Ribeira do Douro, quando a população, alvoroçada, fugia aos desabridos invasores. Este solar já antes, em 1747, sofrera remodelações, foi-lhe acrescentada uma torre e o portal de entrada pela rua da Igreja de Ramalde. O seu aspeto inicial era quinhentista mas o aspeto atual data já do séc. XVIII. Atualmente está instalado nesta casa brasonada o Instituto Português do Património Arquitetónico e Arqueológico (IPPAR). Nos ainda terrenos da Casa passa o ribeiro que se dirige da Quinta do Rio e, passando por Lordelo, segue até ao Douro onde desagua frente à “Ilha do Frade”, junto ao largo do Cálem. Nas imediações da Casa de Ramalde, na Rua e Travessa do Outeiro, resiste ainda pequena e antiga aldeia de casas rústicas.

Casa da Prelada

Situada na freguesia de Ramalde, junto ao Carvalhido, na rota dos Caminhos de Santiago (antiga estrada para a Galiza), a Quinta da Prelada elege-se como um dos espaços mais notáveis e grandiosos do aro do Porto.
De facto, trata-se da maior obra de arquitetura paisagística concebida pelo arquiteto e pintor italiano Nicolau Nasoni, concretizada, provavelmente, entre 1743 e 1748. Na Prelada, Nasoni criou um percurso desde os obeliscos, inicialmente situados no Carvalhido (a primeira entrada da Quinta), até à mata da propriedade (antigo Parque de Campismo), que perfazia cerca de 1,5 km. Devido às alterações urbanas que a zona do Carvalhido sofreu, os obeliscos acabariam por ser transferidos para o Jardim do Passeio Alegre, na Foz do Douro, em 1937*.
O portão nobre, posteriormente intervencionado por Nasoni, e a primitiva casa devem respeitar à segunda metade do século XVII. Num desenho do litógrafo Joaquim Vilanova, datado de 1833, vê-se a torre e o corpo central nasoniano, e, adossado a estes, uma construção mais baixa, restos da casa primitiva. Esta área foi demolida no século XIX e substituída por um volume que procurou rematar o edifício.
Em 16 de maio de 1903, D. Francisco de Noronha e Menezes, através do seu testamento, lega a Quinta da Prelada à Santa Casa da Misericórdia do Porto. O imóvel teve várias utilizações ao longo do século XX: Hospital de Convalescentes, em interligação e na dependência do Hospital de Santo António (1906-1960); Centro de Recuperação de Diminuídos Físicos (1961-1973); e, finalmente, Lar da Terceira Idade (1974-2003).

Em 12 de junho de 2002, a Mesa Administrativa da Misericórdia do Porto deliberou criar-se na Casa da Prelada um polo cultural destinado a acolher o Arquivo Histórico e a Provedoria.
A Casa da Prelada – D. Francisco de Noronha e Menezes reabriu ao público no dia 12 de maio de 2013, dia de Nossa Senhora da Misericórdia.

Casa e Capela da Quinta do Rio

É outro local aprazível e importante do património arquitetónico da freguesia, que foi propriedade da família Silva Guimarães. Localiza-se junto ao regato da ponte de pedra e da Casa do Moinho, mostrando vestígios de uma construção agrícola com alguma relevância. Tem uma bela habitação com capela, eira, instalações agrícolas de produção e secagem. Em frente é o ponto de confluência de ribeiros oriundos do Padrão da Légua e da Arca d’Água, com passagem pela Prelada e outro, do Seixo. Na capela existe uma inscrição que diz: “Esta capela a mandou fazer o Capitam Manuel da Silva Guimarães no de 1764…”. A ponte de pedra que ali se encontra tem pouco mais de um metro de largura e meia dúzia de metros de extensão. É a última ponte rural ainda dentro da cidade.

Fundação Eng.º António de Almeida

Instituição com fins artísticos, educativos e de caráter social. Dela fazem parte um museu e salas de conferências. É palco de cursos, concertos e inúmeras exposições que vão da pintura à numismática, artes gráficas, desenho, gravura, aguarelas e fotografia. Entre 1891 e 1968 o edifício e sede da Fundação foi residência do fundador Eng.º António de Almeida. No Museu estão expostas coleções de mobiliário, pintura, tapeçaria, porcelana e moedas de ouro de origem grega, romana, bizantina, francesa e portuguesa.

Museu da ANF

O Museu da Farmácia pode ser visitado no edifício da ANF (rua Eng. Ferreira Dias, na zona empresarial do Porto, em Ramalde), cuja coleção abrange 500 milhões de anos da história da luta do homem na cura da doença e alívio da dor. O espólio reúne objetos de raro valor histórico, artístico, antropológico e científico oriundo de civilizações e culturas tão distantes no tempo e no espaço como a Mesopotâmia, o Egipto, a Grécia, Roma, os Incas, os Astecas, o Islão, a África, o Tibete, a China, o Japão entre outras. O património da farmácia portuguesa está representado pela excelente reconstituição da Farmácia Estácio do Porto, que estava localizada na Rua Sá da Bandeira, sendo de destacar também uma antiga farmácia islâmica, importada da Síria (hoje seria quase impossível trazê-la, tantos os desmandos naquele tão belo e antigo país árabe).





 
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